segunda-feira, 29 de julho de 2013

Feliz dia dos Pais


PAPEL DA ESCOLA: ENSINAR COM FOCO NO APRENDER


A importância da ação do professor em sala de aula  Maria Cibele Aguiar Santos  Notícias sobre a escola são veiculadas em diferentes mídias. Algumas apresentam  resultados de baixa relevância para o cenário educacional brasileiro, outras traduzem ações de esforço e busca pela melhoria do desenvolvimento da
aprendizagem dos alunos e se tornam notícia nacional. O que esses fatos revelam à sociedade? O que se espera da instituição escolar nos dias atuais? Essa é uma  discussão presente em muitos livros e eventos educacionais. Palestrantes e renomados estudiosos debruçam-se sobre o tema e aprofundam as pesquisas sobre a escola, colocando o foco no seu papel no mundo em que a internet facilita grandemente o acesso às informações.
No passado, a escola teve, e continua tendo no presente, um lugar especial na  sociedade. Raras são as pessoas que vivem independentemente da influência que a escola traz para si ou para seus filhos e familiares. É sonho de muitos o acesso a  escolas que podem determinar mudanças nos rumos da vida. A escola nasceu sem  muros; o que a caracterizava eram a troca de ideias e de conhecimentos, o diálogo e a admiração pelos mestres. E hoje? Será que ainda busca passar conhecimentos,  ou a escola nos dias atuais organiza e problematiza o que os alunos já sabem? O que os alunos apontam sobre a escola?
Dependendo da forma como a escola se posiciona na comunidade, sua ação  educacional acontece. Se ela se apresenta como tradicional, os professores exercem autoridade, transmitem conhecimento e mantêm certa distância dos alunos. Caso se posicione como uma escola construtivista, ela deve possibilitar ao aluno
aprender por si próprio, po r meio de investigação individual, levantamento de  hipóteses e ensaios que uma atividade real pressupõe. Em todos os casos, porém, a  escola tem um único papel: o de ensinar. O essencial é saber se, em decorrência do ensino, os alunos aprendem. É possível conhecer o nível de aprendizagem
alcançado pelos alunos por meio dos testes escolares e das avaliações externas, ambos instrumentos que revelam o desenvolvimento de habilidades e competências  que reposiciona o aluno, o professor e a escola em um novo patamar na sociedade.
A partir daí, é possível redirecionar ações de aprimoramento pedagógico e de gestão. O que é necessário para que os alunos aprendam? De acordo com Antoni Zaballa, a sequência didática usada na relação entre professores e alunos pode resultar em mais ou menos aprendizagem, isto é, dependendo de como acontece a aula, o professor desenvolve os conteúdos conceituais, e também os procedimentais e  atitudinais. Na visão de Zabala, são importantes as ações didáticas encadeadas para que o ensino resulte em aprendizagem efetiva. Para começar, não se pode   prescindir de provocar uma conexão entre o conteúdo a ser trabalhado ao que os alunos já dominam. É como se o professor construísse pontes entre o que o aluno já sabe e o que ele ainda não sabe. Ancorado em saberes antigos, o novo saber tem nova conotação. Depois disso, as formas de investigar e de ter contato com o novo conteúdo devem possibilitar a ação mental dos alunos, além de serem  diversificadas. O papel do professor é de mediar, expor, instigar, perguntar, desafiar, expor,  enfim, nesse ponto da sequência, o professor é o maestro que depende da performance de cada aluno para que sua orquestra dê belos espetáculos. Por meio das diferentes atividades planejadas, as informações vão se relacionando, como  uma costura que dá forma à teia do conhecimento. Prosseguindo, as avaliações vão
acontecendo processualmente enquanto os conteúdos são sistematizados, por meio de registros feitos em forma de textos, sínteses, quadros, usando imagens e outras formas de linguagem. O próximo passo é ampliar os conhecimentos de forma significativa e enriquecedora: novas leituras, discussões e ações concretas aplicando o que foi aprendido. Assim, novos pontos da teia servirão de âncora para outros conteúdos. A avaliação final deve acontecer por meio de questões desafiadoras presentes em instrumentos variados, visando verificar como foram desenvolvidas as habilidades cognitivas. E a aprendizagem acontece de forma significativa e consistente.
A escola que tem o foco no aprender, com certeza, tem professores que ensinam muito e muito aprendem nas relações educacionais que se concretizam na sala de aula. Essa é a escola que todos valorizam e esperam ter para filhos e netos.

Referência
ZABALA, Antoni. A prática educativa. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Encontro Pedagógico em Penedo - Al



quinta-feira, 4 de julho de 2013

Desafios da transição: tornando a passagem do 5º para o 6º Ano um marco especial.


(por Débora Carias Alves – Consultora Pedagógica da Kroton Educacional )
Postado em 01/07/2013
Nossa história é repleta de marcos. O tempo e os momentos trazem sentido e constroem os marcos da vida. E o interessante é que um momento só se torna um marco pelo desafio do novo que ele nos propõe. Desafios, expectativas, medos, esperanças... Experiências vividas por todos nós quando nos colocamos diante do novo.
Nossas crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental vivenciam tais experiências de forma intensa quando estão prestes a ingressar no 6º Ano. E nesse contexto especial, o que nós, educadores, podemos fazer para dar-lhes suporte e tornar essa transição mais tranquila e segura para eles e suas famílias?
Celebrar essa passagem é uma boa maneira de se iniciar o ano letivo do 5º Ano. Aproveitar o contexto para motivar as crianças a darem o melhor de si, pois estão concluindo uma etapa e iniciando outra; valorizar essa conquista; fazê-los refletir que há anos, para muitos brasileiros, a conclusão dessa etapa representava um ponto máximo de escolarização e que hoje, ela é apenas um indicador de que um mundo de novas conquistas se abre para eles! O ano letivo da turma que encerra os anos iniciais do Ensino Fundamental pode ser marcado com muita alegria, sonhos e boas expectativas!
A afetividade está relacionada ao desenvolvimento cognitivo. Wallon apud Almeida (1999, p.51) destaca que "a afetividade e a inteligência constituem um par inseparável na evolução psíquica, pois ambas têm funções bem definidas e, quando integradas, permitem à criança atingir níveis de evolução cada vez mais elevados". Se pretendemos para nossos alunos sucesso nos Anos Finais do Ensino Fundamental, devemos, inicialmente, trabalhar para que essa transição seja suave e prazerosa.
A mudança dos Anos Iniciais para os Anos Finais do Ensino Fundamental é um marco na vida dos alunos, mas envolvem também outros sujeitos da comunidade escolar. Pais, professores e demais funcionários da escola participam dessa transição e vivem, em diferentes aspectos, os desafios que essa mudança traz. Por meio de uma ação conjunta, todos podem contribuir para que ela aconteça da maneira mais natural possível.
Paulo Freire (1985) nos deixou esse legado: “O sonho é sonho porque, realisticamente ancorado no presente concreto, aponta para o futuro, que só se constitui na e pela transformação do presente.” (Freire; Faundez, 1985, p. 71). Que tornemos o marco da transição dos Anos Iniciais para os Anos Finais do Ensino Fundamental um momento de alegria, repleto do prazer das novas descobertas!
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo; FAUNDEZ, Antonio. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
ALMEIDA, A. R. S. A emoção na sala de aula. Campinas: Papirus,